O Ministro da Economia e Finanças reconheceu que herdou um grande problema no que diz respeito às finanças públicas, com aproximadamente 82% da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Suleimane Seidi, durante o lançamento do relatório de análise de despesas públicas da Guiné-Bissau, explicou que atualmente é difícil considerar aumentos salariais para os funcionários públicos devido ao fato de o país gastar muito mais do que deveria em salários.
Ele afirmou que o governo precisa moderar seus gastos e aumentar a geração de receitas, já que o país está gastando uma porcentagem significativamente maior de sua receita com a massa salarial do que o limite permitido, que é de cerca de 35% da receita total.
Seidi destacou a importância de melhorar a gestão financeira e a geração de receitas para criar espaço para considerar aumentos salariais no futuro, mas enfatizou que isso requer melhorias em todos os aspectos, tanto na geração de receitas quanto na qualidade dos gastos.
Além disso, o Ministro observou que as receitas geradas não são suficientes para cobrir as despesas, levando o país a recorrer a empréstimos e, consequentemente, aumentando o endividamento público. Ele alertou que o país está atualmente com cerca de 80 a 82% da dívida em relação ao PIB, ultrapassando o limite aceitável de 70%.
O relatório de análise de despesas públicas da Guiné-Bissau abordou questões em três setores: saúde, pensões e eletricidade. Ele recomendou a implementação de um sistema integrado de pensões que abranja trabalhadores do setor público e privado, melhorias na preparação e execução do orçamento da saúde, aprimoramento dos sistemas tecnológicos de informação financeira e garantia da sustentabilidade financeira no setor de eletricidade.